Cerca de 13,75 bilhões de anos atrás, o nosso universo veio à existência. Muito pouco tempo depois, a luz primordial começou a brilhar através do cosmos e se espalhou por todo o universo primordial. Nesta conjuntura, o próprio universo também estava se expandindo. A inflação do universo diminuiu após a primeira explosão inicial, mas, desde então, a taxa de expansão tem vindo a aumentar, devido à influência da energia escura.
Essencialmente, desde a sua criação, o cosmos vem crescendo em um ritmo cada vez maior. Os cosmólogos estimam que os fótons mais antigos que podemos observar viajaram uma distância de 45 bilhões de anos luz desde o Big Bang. Isso significa que nosso universo observável tem cerca de 90 bilhões de anos luz de largura. Estes 90 bilhões de anos-luz de contém
quasares, estrelas, planetas, nebulosas, buracos negros… e tudo o mais que poderíamos observar. Mas o universo observável contém apenas a luz que teve tempo de chegar até nós. Existe um universo muito mais além do que somos capazes de observar.
De acordo com a teoria da inflação cósmica, o tamanho de todo o universo é, pelo menos, 10 ^ 23 vezes maior do que o tamanho do universo observável.
Assim, enquanto o tamanho do universo observável se parece com isso:
- 93.000.000.000 de anos-luz
O tamanho do universo não observável se parece com isso:
- 100.000.000.000.000.000.000.000.000 de anos-luz
Há então, uma grande parte do universo nunca observada. O que estamos perdendo? O que está além do limite do que podemos ver? Já que não podemos ver ou medir, adiantamos que não sabemos o que está além dos limites do universo observável. No entanto, temos várias teorias sobre o que existe no grande desconhecido…
Apesar de sua estranheza, esta primeira teoria é uma das mais fáceis de digerir. Os astrônomos pensam que o espaço exterior do universo observável pode ser uma expansão infinita do que vemos no universo ao nosso redor distribuído praticamente da mesma maneira. Isso parece lógico.
Então, de certa forma, o infinito faz sentido. Mas “infinito” significa que, para além do universo observável, você não vai apenas encontrar mais planetas, estrelas e outras formas de matéria… você acabará por encontrar cada coisa possível. Isso significa que, em algum lugar lá fora, há uma outra pessoa que é idêntica a você em todos os sentidos possíveis. E também há um você que é apenas ligeiramente diferente de você em todos os sentidos possíveis. Ele pode inclusive estar lendo este artigo agora. Essa noção parece inconcebível. Mas então, o infinito como um todo é bastante inconcebível.
Outra teoria lida com algo chamado “fluxo escuro”. Em 2008, os astrônomos descobriram algo muito estranho e inesperado – aglomerados galácticos estavam fluindo na mesma direção a uma velocidade insana – mais de 3,6 milhões de quilômetros por hora. Uma causa possível: estruturas maciças fora do universo observável exercendo influência gravitacional sobre esses aglomerados. Quanto às próprios estruturas, elas poderiam ser, literalmente, qualquer coisa: grandes acumulações de matéria e energia (em escalas dificilmente imagináveis), ou até mesmo bizarras deformações no espaço-tempo que estão canalizando forças gravitacionais de outros universos. Nós simplesmente não sabemos o que esses enormes objetos poderiam ser
A teoria das cordas é uma outra resposta possível. Esta teoria afirma que o nosso universo é apenas uma bolha de espaço-tempo entre uma série infinita de outros universos paralelos. Então, todo o nosso universo poderia existir em uma pequena “bolha” no meio de um vasto conjunto de outras bolhas. Os teóricos chamam isso de “multiverso”. Curiosamente, a teoria das cordas supõe que esses universos podem entrar em contato uns com os outros, e a gravidade pode fluir entre esses universos paralelos, e quando eles se chocam, acontece um Big Bang como o que criou o nosso universo.
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