- Thoreau
Introdução |
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Os primeiros dois terços de Netuno estão compostos de uma mistura de pedra fundida, água, amônia líquida e metano. O terço externo é uma mistura de gases aquecidos incluindo hidrogênio, hélio, água e metano. Metano dá a Netuno sua cor de nuvem azul.
Netuno é um planeta dinâmico com várias manchas grandes e escuras, relembrando as tormentas, tipo furacões, de Júpiter. A mancha maior, conhecida como a Grande Mancha Escura, tem aproximadamente o tamanho da Terra e é semelhante à Grande Mancha Vermelha de Júpiter. A Voyager revelou uma pequena nuvem, de formato irregular, movendo-se para o leste, correndo ao redor de Netuno a cada 16 horas. Esta vespa, tal qual foi apelidada, poderia ser uma bruma que eleva-se acima de uma coberta de nuvens mais profundas.
Nuvens brilhantes e longas, semelhante a nuvens cirros da Terra, foram vistas alto na atmosfera de Netuno. Na baixas latitudes ao norte, a Voyager capturou imagens de raias de nuvens que lançam suas sombras na cobertura de nuvem abaixo.
Os mais fortes ventos de todos os planetas foram medidos em Netuno. A maioria dos ventos de lá sopram para o oeste, oposto à rotação do planeta. Próximo da Grande Mancha Escura, os ventos sopram a até 2.000 quilômetros (1.200 milhas) por hora.
Netuno tem um conjunto de quatro anéis que são estreitos e muito lânguidos. Os anéis são compostos de partículas de pó, o qual pensava-se serem feitos de meteoritos minúsculos que esmagaram-se nas luas de Netuno. De telescópios baseados em terra, os anéis parecem ser arcos, mas da Voyager 2 os arcos mostraram-se como manchas luminosas ou aglomerações no sistema de anéis. A causa exata das aglomerações luminosas é desconhecida.
O campo magnético de Netuno, assim como o de Urano, é fortemente inclinado em 47 graus em relação ao eixo de rotação e deslocado pelo menos 0,55 raio (aproximadamente 13.500 quilômetros ou 8.500 milhas) do centro físico. Comparando os campos magnéticos dos dois planetas, os cientistas pensam que a extrema inclinação pode ser característica de fluxos no interior do planeta e não o resultado da orientação lateral ou de qualquer possível reversão de campo do planeta.
Estatísticas sobre Netuno | |
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Descobridor | Johann Gotfried Galle |
Data da descoberta | 23 de Setembro, 1846 |
Massa (kg) | 1,024e+26 |
Massa (Terra = 1) | 1,7135e+01 |
Raio equatorial (km) | 24.746 |
Raio equatorial (Terra = 1) | 3,8799e+00 |
Densidade média (g/cm^3) | 1,64 |
Distância média do Sol (km) | 4.504.300.000 |
Distância média do Sol (Terra = 1) | 30,0611 |
Período de rotação (horas) | 16,11 |
Período orbital (anos) | 164,79 |
Velocidade orbital média (km/s) | 5,45 |
Excentricidade orbital | 0,0097 |
Inclinação do eixo (graus) | 28,31 |
Inclinação orbital (graus) | 1,774 |
Gravidade equatorial na superfície (m/s^2) | 11,0 |
Velocidade equatorial de escape (km/s) | 23,50 |
Albedo visual geométrico | 0,41 |
Magnitude (Vo) | 7,84 |
Temperatura média das nuvens | -193 to -153°C |
Pressão atmosférica (bar) | 1-3 |
Composição atmosférica | 85% 13% 2% |
Animações de Netuno |
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- Netuno em Rotação - AVI, local 2.8M. (Cortesia NASA/JPL)
- A Mancha Escura de Netuno - AVI, 1.1M. (Cortesia NASA/JPL)
- Filme de Rotação de Netuno, do Hubble - MPEG 480K. O filme, feito de uma série de observações do Hubble de mais de nove órbitas sucessivas, permite aos astrônomos acompanhar movimento de nuvens no planeta. (Cortesia STScI, NASA)
Visões de Netuno |
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Esta foto de Netuno foi tirada pela Voyager 2 a 20 de agosto de 1989. Uma das grandes formações de nuvem, chamada de Grande Mancha Escura pelos cientistas da Voyager, pode ser vista ao centro da imagem. Ela está a uma latitude de 22 graus sul e circunda Netuno a cada 18,3 horas. As nuvens brilhantes ao sul e leste da Grande Mancha Escura constantemente mudam, em períodos tão curtos quanto quatro horas. (Crédito: Calvin J. Hamilton)
Observações do HST de Netuno (GIF, 146K; JPEG, 33K; legenda)
Estas fotos de Netuno foram construídas, quase em cor verdadeira, das imagens HST/WFPC2 tomadas com filtros espectrais em azul (467-nm), verde (588-nm), e vermelho (673-nm). Há uma formação de nuvem brilhante no pólo sul, próximo da direita inferior da imagem. Podem ser vistas faixas de nuvens luminosas a 30S e 60S de latitude. O hemisfério norte também inclui uma faixa de nuvem luminosa centrada perto de 30° latitude N. O segundo quadro foi compilado de imagens tomadas do planeta após ter girado aproximadamente 180 graus de longitude (aproximadamente 9 horas depois) e mostra o hemisfério oposto.
Uma formação que se distingue por sua ausência é o sistema de tempestades conhecido como Grande Mancha Escura. A segunda mancha escura menor, DS2, que foi vista durante o encontro com a Voyager-2, também está ausente. A ausência destas manchas escuras foi uma das surpresas maiores deste programa. Estas mudanças dramáticas nos amplos sistemas de tempestade e faixas de nuvens que cercam o planeta Netuno não estão, contudo, completamente compreendida, mas eles enfatizam a natureza dinâmica da atmosfera deste planeta, e a necessidade de maior monitoramento.
HST Observa Nuvens de Grande Altitude (GIF, 109K; JPEG, 25K; legenda)
Estas três imagens foram tomadas em 10 de outubro, 18 de outubro e 2 de novembro de 1994, quando Netuno estava a 4,5 bilhões quilômetros da Terra. Construido durante as descobertas iniciais da Voyager, o Hubble revelou que Netuno tem uma atmosfera notavelmente dinâmica, que muda em apenas alguns dias. A diferença de temperatura entre a forte fonte de calor interna de Netuno e seus topos de nuvem gélidas (-162° Celcius ou -260° Fahrenheit) poderia ativar instabilidades na atmosfera, que conduz estas amplas mudanças meteorológicas. As formações rosas são nuvens de cristais de gelo de metano, em grandes altitudes.
HST Encontra uma Nova Mancha Escura (GIF, 114K; JPEG, 26K; legenda)
Em junho de 1994, o telescópio Hubble revelou que a Grande Mancha Escura descoberta pela Voyager 2 tinha desaparecida. Esta nova imagem tomada em 2 de novembro, mostra que uma mancha nova, perto da borda do planeta foi formada. Como sua predecessora, a mancha nova tem nuvens de grande altitude ao longo de sua extremidade, causada por gases que a tem empurrado para altitudes mais altas, onde resfriam para formar nuvens de gelo de metano cristalizado. A mancha escura pode ser uma zona de gás claro que é uma janela para uma coberta de nuvens abaixo, na atmosfera.
Nuvens Cirrus-cumulus (GIF, 195K)
Esta imagem mostra faixas de nuvens do tipo cirrus-cumulus iluminadas pelo sol, no hemisfério norte de Netuno. Estas nuvens lançaram sombras na coberta azul de nuvens, 35 milhas abaixo. As nuvens listradas brancas tem de 48 a 160 quilômetros (30 a 100 milhas) de largura e estendem-se a milhares de milhas. (Crédito: Calvin J. Hamilton)
Imagem em verdadeira-cor (GIF, 339K; JPEG, 33K; TIFF, 1M; legenda)
Esta imagem da Voyager 2 foi processada através de computadores, de forma que ambas as estruturas de nuvens nas regiões escuras, perto do pólo, e as nuvens a leste da luminosa Grande Mancha Escura estão visíveis. Pequenos rastros de nuvens tendendo do leste para oeste, e estruturas de grande escala a leste da Grande Mancha Escura sugerem que ondas estejam presentes na atmosfera e representam um grande papel no tipo de nuvens que são visíveis. (Cortesia NASA/JPL)
Grande Mancha Escura (GIF, 299K; JPEG, 40K; TIFF, 837K; legenda)
Nuvens brancas plumosas enchem o limite entre as regiões de escuridão e azul claro na Grande Mancha Escura. As formações em catavento, do limite escuro e no cirrus branco, sugere que o sistema de tempestade gira no sentido anti-horário. Formações periódicas de pequena escala na nuvem branca, possivelmente ondas, são de vida curta e não persistem de uma rotação de Netuno para outra. (Cortesia NASA/JPL)
Mudança na Grande Mancha Escura (GIF, 110K; legenda)
As nuvens brilhantes, do tipo cirrus, de Netuno, mudam rapidamente, formando-se freqüentemente e dissipando em períodos de várias a dezenas de horas. Nesta sucessão de duas rotações de Netuno (aproximadamente 36 horas), a Voyager 2 observou a evolução de nuvens na região ao redor da Grande Mancha Escura, a uma resolução efetiva de cerca de 100 quilômetros (62 milhas) por pixel. As mudanças surpreendentemente rápidas que aconteceram durante as 18 horas que separam cada quadro mostra que nesta região a meteorologia de Netuno é talvez tão dinâmica e variável quanto a da Terra. Porém, a escala é imensa para nossos padrões. A Terra e a Grande Mancha Escura são de tamanhos semelhantes e, na atmosfera frígida de Netuno, onde temperaturas são tão baixas quanto 55 graus Kelvin (-360 F), as nuvens cirrus são compostas de metano congelado em lugar de cristais de gelo de água, como na Terra. (Cortesia NASA/JPL)
Olhar de despedida (GIF, 148K)
Esta imagem da Voyager 2 mostra uma bonita visão em dual-crescente de Netuno e Tritão. A imagem, tomada em 31 de agosto de 1989, é um tributo final da missão Voyager.(Crédito: Calvin J. Hamilton)
Mancha Escura Pequena (GIF, 116K)
Esta imagem mostra a Mancha Escura Pequena, que está ao sul da Grande Mancha Escura. Acredita-se que a mancha pequena é uma tempestade na atmosfera de Netuno, talvez semelhante à Grande Mancha Vermelha de Júpiter. (Crédito: Calvin J. Hamilton)
Anéis de Netuno (GIF, 89K)
Estas duas exposições de 591 segundos dos anéis de Netuno foram tomadas de longe pela Voyager 2, em 26 de agosto de 1989, de 280.000 quilômetros (174.000 milhas). Os dois anéis principais são claramente visíveis e aparecem completos acima da região mostrada. Também visível nesta imagem está o lânguido anel interno, a aproximadamente 42.000 quilômetros (25.000 milhas) do centro de Netuno, e a faixa lânguida que estende-se suavemente de 53.000 quilômetros (33.000 milhas) até aproximadamente a meio caminho entre os dois anéis luminosos. O clarão luminoso no centro é devido a sobre-exposição do crescente de Netuno. Numerosas estrelas luminosas são visíveis no fundo. Ambos os anéis são contínuos. (Cortesia NASA/JPL)
Anéis torcidos (GIF, 246K)
Esta porção de um dos anéis de Netuno parece ser torcida. Os cientistas acreditam que parece deste modo porque o material original nos anéis estavam em aglomerados que formaram raias conforme o material orbitava Netuno. O movimento da astronave acrescentou a aparencia trançada, causando um leve borrão na imagem. (Cortesia NASA/JPL)
Anéis de Netuno |
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A tabela seguinte é um resumo sobre os anéis de Netuno.
Nome | Distância* | Largura | Espessura | Massa | Albedo |
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1989N3R | 41.900 km | 15 km | ? | ? | baixo |
1989N2R | 53.200 km | 15 km | ? | ? | baixo |
1989N4R | 53.200 km | 5.800 km | ? | ? | baixo |
1989N1R | 62.930 km | < 50 km | ? | ? | baixo |
Resumo sobre as Luas de Netuno |
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Lua | # | Raio (km) | Massa (kg) | Distância (km) | Descobridor | Data |
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Naiad | III | 29 | ? | 48.000 | Voyager 2 | 1989 |
Thalassa | IV | 40 | ? | 50.000 | Voyager 2 | 1989 |
Despina | V | 74 | ? | 52.500 | Voyager 2 | 1989 |
Galatea | VI | 79 | ? | 62.000 | Voyager 2 | 1989 |
Larissa | VII | 104x89 | ? | 73.600 | Voyager 2 | 1989 |
Proteus | VIII | 200 | ? | 117.600 | Voyager 2 | 1989 |
Tritão | I | 1.350 | 2,14e+22 | 354.800 | W. Lassell | 1846 |
Nereid | II | 170 | ? | 5.513.400 | G. Kuiper | 1949 |
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